Depois de vários exames, chegou-se ao diagnóstico “MAL DE PARKINSON”.
No início, formou-se um ponto de interrogação na minha
cabeça. Estava de frente com
uma doença que não tem cura. É progressivamente
degenerativa.
As pessoas que nos cercam, ficam alarmadas; ou porque
acham que sabem demais ou nada sabem, mas já ouviram falar.
Assim, usando desse
expediente, acabam te colocando para baixo.
A verdade é que não é por mal, mas criam essa
expectativa.
Bom, o fato é, não é tão ruim assim, mas também não é
bom.
O importante é que não se faça a digestão, antes de se
comer, mas também não se deve
comer demais, para não passar mal.
É fundamental que a pessoa crie a sua própria visão da
doença, como eu fiz, interagindo com os médicos, lendo bulas e matérias a
respeito e, se possível, ouvindo depoimentos de outros que sofrem do mesmo mal.
Levei algum tempo sentindo auto piedade, achando,
principalmente, que iria ficar muito dependente das outras pessoas. (esse
pensamento me assusta).
Logo percebi que não era bem assim, pois já se passaram
dez anos, e até hoje consigo fazer tudo que
preciso, com as minhas próprias mãos, inclusive dirigir automóvel.
O certo é que nunca me entreguei ao mal, deixando de
fazer as coisas, usando-o como desculpa.
Sempre de uma forma ou de outra, exercito-me e faço
caminhadas diárias de uma hora, que dá aproximadamente 3,5 Km . (cinco dias na
semana)
Adiciono a isso mais alguns exercícios passados pela
Fisioterapeuta.
Para resumir, no
lugar da auto piedade, fui a luta, assim como se fosse normal, separei as
situações, ou seja:
Tenho que trabalhar, fazendo aquilo que é preciso, sem
pensar que sou doente.
Tenho que me cuidar, sabendo que sou doente, sabendo que
se eu fizer o que é preciso, sou quase normal.
Então, daí pra frente, SEJA O QUE DEUS QUISER.
obs.: Escrevi esta minha narrativa há um ano atrás.
Dai, comecei a escrever, pensamentos e experiências no convívio com a doença, que dia a dia, irei narrando.
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